O olhar brilhante das crianças, a fibra no semblante dos pais. Todos felizes, sorrindo e se divertindo em meio aquela bagunça de caixas e doações. Coisas que para alguns são desprezíveis, objetos sem valor, mas que para eles, aqueles que nos parecem tão diferentes de nós é o maior motivo para sorrir. É tão bom vê-los assim, saber que contribui de alguma maneira naquele momento.
Em meio aquela algazarra de pessoas a minha vida passa como num trailer na minha cabeça.
Eu nunca passei fome, nunca passei frio, nem me faltaram pessoas para me abraçar. Tão diferente de tudo que vejo ao meu redor. E por que é assim? Por que alguns têm mais e outros têm menos? Eles fizeram alguma coisa errada para merecer isso?
Talvez possam já ter errado, mas não os julgo, não me sinto mais capaz de julgar ninguém. Nem mesmo aquele menininho que passa perto de mim e fala uma palavra tão feia para outro menor, uma palavra que no meu mundo cheio de educação e normas não seria imaginada na boca de uma criança. Mas eu não o culpo por isso, ele simplesmente está ali e ninguém esteve perto para lhe dizer o que é certo e o que é errado, ele não teve a mesma educação, ele não tem uma boa escola. Mas ele está sorrindo, está sorrindo porque achou um brinquedo para brincar, talvez mesmo em meio a tantas diferenças, ainda há algo que se assemelha a todas as crianças.
O choque entre o mundo em que eu vivo e o mundo que estou visitando agora é grande demais e grande é o choque dentro de mim em sentir tudo isso tão de perto, minha vontade é de pegar todos eles e mudar tudo, mas não tem um jeito de fazer isso se não com pequenas coisas como aquelas que estão fazendo eles sorrirem agora. Talvez se todos fizessem pequenas coisas, muito poderia mudar. Se eu fizesse mais... em partes me sinto mal por tudo isso, por saber da minha vida e da vida que alguns levam enquanto muitos passam por isso.
Eu só queria passar pra alguém o quanto é bom a satisfação de ver o sorriso de quem você ajuda, mesmo que seja com pouco. Às vezes é importante sair da sua redoma de vidro e perfeição, onde a sua maior preocupação é qual a próxima balada imperdível pra poder enxergar um outro lado, onde a menor preocupação é se vão ter o que vestir quando chegar o inverno.
Em meio aquela algazarra de pessoas a minha vida passa como num trailer na minha cabeça.
Eu nunca passei fome, nunca passei frio, nem me faltaram pessoas para me abraçar. Tão diferente de tudo que vejo ao meu redor. E por que é assim? Por que alguns têm mais e outros têm menos? Eles fizeram alguma coisa errada para merecer isso?
Talvez possam já ter errado, mas não os julgo, não me sinto mais capaz de julgar ninguém. Nem mesmo aquele menininho que passa perto de mim e fala uma palavra tão feia para outro menor, uma palavra que no meu mundo cheio de educação e normas não seria imaginada na boca de uma criança. Mas eu não o culpo por isso, ele simplesmente está ali e ninguém esteve perto para lhe dizer o que é certo e o que é errado, ele não teve a mesma educação, ele não tem uma boa escola. Mas ele está sorrindo, está sorrindo porque achou um brinquedo para brincar, talvez mesmo em meio a tantas diferenças, ainda há algo que se assemelha a todas as crianças.
O choque entre o mundo em que eu vivo e o mundo que estou visitando agora é grande demais e grande é o choque dentro de mim em sentir tudo isso tão de perto, minha vontade é de pegar todos eles e mudar tudo, mas não tem um jeito de fazer isso se não com pequenas coisas como aquelas que estão fazendo eles sorrirem agora. Talvez se todos fizessem pequenas coisas, muito poderia mudar. Se eu fizesse mais... em partes me sinto mal por tudo isso, por saber da minha vida e da vida que alguns levam enquanto muitos passam por isso.
Eu só queria passar pra alguém o quanto é bom a satisfação de ver o sorriso de quem você ajuda, mesmo que seja com pouco. Às vezes é importante sair da sua redoma de vidro e perfeição, onde a sua maior preocupação é qual a próxima balada imperdível pra poder enxergar um outro lado, onde a menor preocupação é se vão ter o que vestir quando chegar o inverno.
@vivigoomes
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