segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Um momento meu. Uma fase minha. Aonde mais do que agradar todo mundo eu queira me agradar, mais do que me agradar eu queira agradar quem me criou. Um momento em que eu preso o riso que escapa fácil, a música que soa no violão, aquela que toca lá no fundo. Preso quem tá comigo sempre, quem não abandona, quem não substitui. Estou amando. Amando a vida, amando o sol que aparece de manha, amando a contagem regressiva pras férias, amando brincar com os outros. Ter alguém, sempre ter alguém, mas nada muito apressado, nada de agitação. Eu quero calma, quero que fique claro antes pra não escurecer tudo depois, e quero que Deus me dê essa calma, pra que não haja possessividade, não haja briga, pra que tenha algo de verdade, como a gente espera sempre, espera mas não fica, vai sem pensar, vai com o coração todo afoito e volta com ele todo ferido. Pra quê tudo isso? Vou esperar a certeza chegar, e se não vier agora, quem liga? O trânsito sempre acaba atrasando todo mundo mesmo. Enquanto espero pego meu fone de ouvido e coloco aquela música que me faz bem, canto, canto porque cantar faz passar o tempo, e se com o tempo tudo passa, que passe qualquer confusão e qualquer sentimento ruim aqui dentro e que permaneça somente o que pode fazer de cada momento meu o melhor que a vida pode dar. 




Marina Creplive

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